O desaparecimento de um mito

A notícia já tem semanas, mas só hoje me apercebi da sua gravidade. Diz que a cadeia continente e modelo se fundiram e passaram a ser agora só continente. De alguma forma isto foi só oficializar o óbvio: que não existe um único modelo em Portugal... como é que este país se pode salvar sem modelo? Nada, nem um... agora há o continente modelo, que é para as pessoas que querem comprar um continente... primeiro visitam o continente modelo, vêem se gostam e depois logo avançam para a compra... como nas casas. Mas parando com este trocadilho barato e falando do que interessa, ao que parece o encerramento do modelo acaba por assassinar a Popota... não se sabe quem foi, mas suspeita-se da Leopoldina, que queria eliminar a concorrência. Tem toda a lógica... uma galinha que tem um CD com Missão no título, bem que pode ter também licença para matar! Mas é assim, desaparece um mito sem funeral, nem nada... sem o Tony Carreira lhe cantar uma emocionada adaptação do 'Candle in the Wind'... sem passar os últimos anos da sua vida na Casa do Artista, e como merecia. Dada a minha conhecida admiração pelo seu trabalho isto é coisa para me deixar de rastos... nem tive oportunidade de lhe dizer um último adeus, pelo que o vou fazer daqui, exactamente a partir destes dois pontos: Popota, onde quer que estejas, mando-te um beijinho grande... no pneu rosado da anca esquerda, 'tá bom?!...