quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Que Maceada!

Oh pá, que fôfo! Então não é que o ministro Macedo renunciou ao subsídio de alojamento! É verdade, os elementos do governo (que nós elegemos) têm direito a um subsídio de alojamento caso não tenham residência oficial em Lisboa! No caso do ministro Macedo (que nós elegemos), apesar de ele ter casa em Lisboa, declarou que morava em Braga, porque é lá que passa os fins-de-semana! Ora vamos lá a contas... eu passo 5 dias da semana em Lisboa e os restantes dois em Braga, portanto moro em...? Certo, Braga! Vamos lá a mais contas: 1400 euros limpos! Já está, era só... é a diferença entre morar oficialmente em Lisboa ou em Braga, em subsídios para o ministro (que nós elegemos)! É muito nobre abdicar de um subsídio destes, em tempos de crise... curioso como a nobreza é uma coisa que não sai tão bem em tempos de posse de Governo (que nós elegemos), sai melhor depois destas notícias saírem nos jornais. Segundo o que o ministro (que nós elegemos) disse em entrevista à televisão, "Eu vou abdicar de um direito que tenho", que a lei tem muitos anos! Que nobreza! Realmente há para aí pessoas a abdicar de subsídios de Natal e Férias e a trabalhar mais meia-hora por dia, mas nem sequer têm a hombridade de ir à televisão dizer isso, com cara de mau! Que falta de nobreza, pah... Isto para não falar dos funcionários públicos que são colocados em mobilidade, a trabalhar a centenas de Kms de casa! Esses não têm direito a subsidio de deslocação e também estão caladinhos em casa! Nem uma manifestação, nem nada! Mas há mais, o ministro Aguiar Branco (que nós elegemos) decidiu renunciar ao subsidio de alojamento por solidariedade! Esse ministro (que nós elegemos) não tem casa própria em Lisboa, tem apenas a residência oficial do ministro da defesa! E além disso é rapaz para ser pobretanas, que só fez parte de conselhos de administração de variadas empresas como gestor não-executivo, a receber 4000 euros por reunião! Enfim, o meu cinismo é como o azeite: além vir sempre ao de cima, não se mistura com a pureza... da água no caso do azeite, dos políticos (que nós elegemos) no caso de meu cinismo. É isso, o meu cinismo e os políticos (que nós elegemos) são imiscíveis. É o meu cinismo por cima, a bater, e os políticos (que nós elegemos) por baixo, a levar! Sai muito bem em tempos de crise, o meu cinismo!

P.S.- Não sei se já referi que fomos nós que elegemos estes políticos? Já! Boa, ainda bem... Estava aqui uma voz na minha cabeça a dizer para eu não me esquecer disso. Como estamos em crise, tive de partilhar o cérebro com mais duas pessoas, para poupar algum. Aconselho! Consegue-se pensar bem na mesma e sempre temos companhia! O único problema é que temos um hipotálamo partilhado... há certas pessoas que não levantam a tampa do neurónio e aquilo fica tudo uma javardice...

2 comentários:

  1. eu não elegi este governo e indigno-me, todos os minutos do dia, que haja quem o tenha eleito.

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  2. Eu também não votei neste governo, mas nós como povo elegemo-lo! Diz que é uma das chatices da democracia, ficarmos com a escolha da maioria. Agora diz que a democracia também vantagens, como podermos dizer o que pensamos... na rua, com palavras de ordem e cravos nas bisnagas, que não há dinheiro para espingardas...

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