segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um sogro do pior

Tal como dei conta aqui, houve quem me vaticinasse que fosse avô daqui a uns 14 anos. Na realidade, para minha própria surpresa, a verdade é que já sou avô! Sim, a minha filha resolveu adotar uma boneca e diz que é a mamã dela. Devo dizer que reagi bastante bem à ideia. Sempre pensei que se a minha filha fosse mãe antes de sair de minha casa a reação seria outra... mas não, foi bastante calma e tivemos uma boa conversa sobre o assunto. Estava tudo a correr bem até que eu fiz a pergunta: "Ah é, boa, e quem é o pai?". Estava à espera de um longo silêncio, mas não. A minha filha, com ar até admirado por eu não saber, olhou para mim e disse prontamente: "É o Pocoyo!" É o que dá, uma pessoa recebe um desenho animado em casa, fomenta a sua amizade com a nossa filha e depois dá nisto. Mas o mais importante foi que então eu percebi o seguinte: toda a gente nasce pronto para ser avô, mas ninguém nasce pronto para ser sogro. Muito menos quando a nossa filha ainda não tem 3 anos. Aqui a reação já não foi tão boa. Até porque quando nessa noite a minha filha me disse que queria dormir com o Pocoyo, eu reagi como qualquer pai reagiria: "Não, não, minha menina, cá em casa acabaram-se essas poucas vergonhas!" Depois de casa roubada...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Atirei o pau ao povo-vo-vo, mas o povo-vo-vo, não morreu-eu-eu

Depois dos incidentes ontem em frente ao parlamento, tiro uma boa conclusão: o Estado é coerente! Se repararmos, pelas asneiras de alguns governantes e banqueiros (BPNs, PPPs e afins) pagamos todos; Pelas asneiras de alguns energúmenos encapuçados que lançaram objetos vários à polícia, levam todos. Sim, todos: idosos, pessoas em cadeiras de rodas abalroadas pela multidão, transeuntes que tiveram o azar de estar na hora errada no local errado, etc... E depois ainda temos de levar com o ministro que abdicou de subsídios de alojamento a dizer que a polícia esteve bem. Se estivesse bem, não tinha esperado mais de uma hora a ser agredida para que todos canais tivessem tempo de captar imagens de forma a justificar o que se seguiu; se estivesse bem, tinha atuado assim que cheirou que ia correr mal; se estivesse bem, tinha ido atrás dos 20 ou 30 desordeiros que estavam mesmo ali à frente deles, de entre os milhares que se manifestavam pacificamente; se estivesse bem, não tinha distribuído pancada a tudo o que passasse à sua frente. Mas claro, isso era ter critério para fazer as coisas, coisa que pelos vistos não assiste nem a quem governa, nem a quem comanda... "Puto, o medo é coisa que a mim não me assiste", diz o palerma que cai do skate e diz agora o povo, que caído se levanta. Ainda bem que a convenção do Bloco de Esquerda acabou, que ver os excertos na TV anda-me a fazer mal  (como se nota). Já tenho os sintomas principais: sinto-me demagogo, populista e não gosto de andar de fato e gravata, mas já ando a tomar medicação. Por falar nisso, é óbvio que a liderança bicéfala entre um homem e uma mulher não vai resultar num futuro sem chatices. Já foi testado, chama-se casamento.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

2024 - Odisseia no prato

Num mesmo dia, aterraram em solo português Angela Merkel e Vale e Azevedo. Tem dois "e" mas são só duas pessoas... Embora em conjunto tenham peso de três, que ambos ainda podem comer bifes todos os dias. Diz que também esteve para vir o Alves dos Reis, mas ficava mal na fotografia, com o ar escanzelado, por causa da decomposição e isso... Enfim, uma veio cá dizer que não está a roubar, o outro veio para cá dizer que não esteve a roubar, por volta de 2000. Uma foi recebida com passadeira vermelha e almoço chique, o outro foi direto à choldra, com almoço no tabuleiro. Uma diz que há-de voltar a Portugal, nem que seja para passar férias ao Sol... o outro veio para ficar em Portugal, mas para ver o sol pela peneira. E é por isso que eu sonho com o dia 12 de Novembro de 2024. Por essa altura, espero ver a Merkel a voltar cá e a ser novamente recebida, mas à Vale e Azevedo. Parece que a estou a ver: gorda, careca e a dizer: "Ja, Austerität und Kartoffeln.", ou seja, não vai mudar muito, tirando um ou outro cabelo. Já marquei na agenda, 12 de Novembro de 2024... até lá, vou seguir os conselhos do guia Jonet e viver com uma sardinha para três. Parece que já estou a ver, daqui a uns anos, eu, com os meus netos à volta da mesa e a dizer: "Eu ainda sou do tempo em que era 10 sardinhas para um. Cada um comia e ia à sua vida, não era como agora, esta fraternidade em volta da sardinha para a família. Tira a mão, que primeiro come o avô!..." Só imagino como é que andará o banco alimentar por essa altura... se as pessoas que costumam oferecer os bens já nem têm dinheiro para comer bifes todos os dias? Mas também é pouco importante, porque até lá a Jonet, com o apoio que está a dar à austeridade, ainda chega a Ministra das Finanças... O que eu dava para saber essa data, para por já na agenda....

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Como está Sr. Contente? Eu vou bem Sr. Feliz...

Vamos a uma risada da boa?! Ora vamos lá então... começamos por onde? Ora pode ser já por aqui: Então não é que o Relvas, além de ter tido equivalência a 32 cadeiras (das 36 que compunham a licenciatura), conseguiu ter equivalência a 3 que não existiam em funcionamento no (único) ano em que o Relvas frequentou a universidade. Isso só diz bem da qualidade do ensino superior em algumas universidades: afinal não teve equivalência a 32, foi só a 29... as outras 3 tiveram de ser inventadas para ele. Como se não bastasse a A3ES, a agência de creditação do ensino superior, mandou fechar 107 cursos de ensino superior, 20 dos quais na universidade que dá título ao Relvas. A Reitoria da Universidade já veio dizer que é uma falácia, porque a maior parte dos cursos já estavam encerrados. Mais uma razão, não vá alguém ter equivalência a estes também.
Depois temos o debate do orçamento. Eu, ingénuo como sou, sempre pensei que um debate fosse isso mesmo: uma troca de ideias e depois no fim, consoante as conclusões, vota-se. Agora na assembleia, a casa da democracia, a ordem é um pouco diferente. Primeiro os partidos declaram a intenção de voto, depois tiram-se conclusões em debates na praça pública e só no fim é que há o debate entre os parlamentares. Eu, cá para mim, também sugeria trocar a ordem de outras coisas no Parlamento. Por exemplo, primeiro eles iam para lá, faziam as leis e assim... depois no fim é que nós votávamos neles. Se ganhassem, as leis eram aplicadas, senão iam para lá outros e voltava-se a repetir o processo.
Outra ideia gira, que tive agora, era a de um gerente de um grande banco vir dizer que o país ainda aguenta mais austeridade, "Ah aguenta, aguenta!". Curioso que eu tenho opinião igual, mas ao contrário. Eu acho que os bancos ainda aguentam ficar com menos lucros, "Ah aguentam, aguentam!", mas a mim ninguém me entrevista. Acho curioso que as pessoas que acham que a austeridade é que é, são as mesmas que chamam Doutor ao Relvas.
E para acabar, temos o Sporting... Sim, o mais importante para o fim. Temos um treinador que às terças, quintas e sábados fala francês e às quartas, sextas e domingos fala inglês. Às segundas, como é dia a seguir ao jogo, ninguém o ouve a dizer uma palavra. Diz que só chora, porque agora é que percebeu onde se veio meter. Já a minha filha recebeu o seu primeiro cachecol do Sporting: cor-de-rosa e com o símbolo do Sporting em cada ponta. Foi prenda da minha sogra. É nestas pequenas coisas que se vê que fiz bem em casar com a minha mulher, que embora benfiquista tem uma progenitora como deve ser. O cachecol foi mesmo bem escolhido. Já estive a ver com cuidado, e dá para cortar os símbolos das pontas do cachecol e substituir por outro clube... bem cosidinho, ninguém dá por nada.