quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Este país não é para velhos

Nada como começar o ano novo com uma onda de otimismo em relação ao que aí vem! Depois de mais um chumbo do tribunal constitucional, nada como o nosso Presidente omitir o assunto do orçamento de estado para 2014 na sua mensagem de ano novo. Parece que ele já tem a certeza de que não vamos precisar de segundo resgate, assim como no final de 2012 tinha a certeza de que estávamos a entrar numa espiral recessiva. Pela amostra, o senhor Presidente não têm lá muito jeito para futurologia, mas por alguma coisa é que se chama Prof. Cavaco Silva e não Prof. Kakumba. Outro aspeto curioso é que o nosso Presidente também se esqueceu de falar na Europa, em ano de eleições europeias e com algum ruído em alguns países sobre os países da periferia. No fundo já se sabe que estar na periferia tem vantagens e desvantagens. O preço das casas é menor, mas demora-se mais tempo a chegar ao centro, onde tudo se decide. É melhor aos fins-de-semana quando estamos livres e temos o campo, a praia e o sol ao dispor, mas pior no que se refere ao emprego. E também é pior para os reformados, que não têm transportes públicos para o centro. Apenas os que moram no centro ou que têm motoristas que os levem lá é que se safam... os outros tinham de "convergir", mas como já não podem, hão-de convergir de outra maneira qualquer. É vantagem de termos representantes presidenciais e governativos que se preocupam com a constituição e com os "velhos"... mas só com os do Restelo, que apesar de morarem quase na periferia, têm motorista. Não fosse o Palácio em Belém... Um nasce em Belém numas palhinhas deitado, outro ficam em Belém numa poltrona estendido... é assim a história.

2 comentários:

  1. Este país não é para velhos, dizes tu e, acrescento eu, também não me parece que seja para novos. Será que estarei enganado? Oxalá que sim.
    Para princípio de ano, não está nada mal.
    Esperemos pelos próximos capítulos deste livro sempre incompleto e sempre irrevogável, escrito a muitas mãos, desde S.Bento a Belém.
    Um abraço
    Rui Silva

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    1. Os velhos muitas vezes já não têm a genica para tentar incomodar, a não ser o Mário Soares, que faz mais oposição que o resto do ser partido junto... Os novos têm sangue na guelra e a esperança que ainda podem mudar o mundo... O problema é que nem novos nem velhos têm esperança em mudar este pais! E isso é que é preocupante...
      Abraço

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