terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ao vivo é outra coisa

Pois é, fui ver o Sporting-Nacional no último fim-de-semana a Alvalade. E claro que o Sporting não me deixou ficar mal, goleou por 1-0! Quem é que é o maior?! É isso, é o Onyewu, 1,94m inteirinhos, 95kgs de peso e o golo da vitória... o resto é paisagem. Mas o importante é que aprendi muita coisa, durante o jogo. Pelos vistos o que é Nacional já não é bom... pelo que dizia uma parte significativa dos presentes, em coro, "Nacional é m**da". Os asterisco aparecem porque os caracteres fazem parte de uma password, não é por mais nada. Entretanto, também descobri que não importa o que os jogadores fazem, o que importa é se a massa adepta gosta ou não do jogador em causa. Um passe errado do Carriço é assobiado e acompanhado com um "vai para casa, pá", "tira-me esse coxo!" ou "aprende a jogar à bola, palhaço!", isto para não mencionar palavras com caracteres que façam parte de passwords. Já se o passe falhado for do Capel ou de um miúdo da Academia como o André Martins, é aplaudido para dar moral e acompanhado por um "era bem visto", "saiu mal, mas este é craque" ou "Ah, filha da p**a", mas desta vez com um tom complacente e carinhoso. E isto para não falar quando uma falta semelhante era cometida pelo Sporting ou pelo Nacional. Semelhante, é como quem diz... as do Nacional foram todas violentas, vingativas e capazes de lesionar o opositor para o resto da carreira, enquanto que as do Sporting eram entradas à bola e só na bola, com o jogador do Nacional sempre a simular. São estas idiossincrasias que não ajudam uma pessoa como eu, que é mais ou menos objectiva, a ver um jogo... "Ah, que passe tão mau, pá, e estava sozinho... ah, espera, era o Capel... afinal era bem visto, sim senhor... e agora que penso bem, até me pareceu falta, quando ele recebe a bola, por isso é que ele depois falha o passe..."

1 comentário:

  1. é inevitável Pedroca... o enviesamento das coisas pelo "afecto" nutrido. nunca me esqueci de um penalty sobre o João V. Pinto. se até então não tinha a certeza, a partir daí passei a estar certa de que realmente as pessoas só vêem o que querem ver.

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